Salada de Girassol

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Salada de girassol

As sementes da flor podem ser usadas em prato leve e muito saudável

Texto: Bruna Ferreira


Nos meses de inverno, uma alternativa para cultivo é o girassol, já que a planta prefere climas temperados para se desenvolver. Além da exuberância das flores, a semente pode ser utilizada para extração de óleo e produção de farinhas.

Sabe-se que o consumo do óleo e da semente in natura de girassol também é saudável para a alimentação, pois têm propriedades que reduzem o nível de colesterol. Além disso, ele é rico em vitaminas E e B1, magnésio, ferro, fósforo, cálcio e arginina, um aminoácido 'amigo' do óxido nítrico, substância que relaxa os vasos sanguíneos e evita a elevação da pressão sanguínea.

Beto Isaac, dono da hamburgueria Família Burger, no bairro de Perdizes, em São Paulo, ensina uma prática receita de salada com sementes de girassol e molho italiano, que é uma das grandes estrelas do cardápio da casa.

Salada com sementes de girassol e molho italiano

Ingredientes (1 porção):

1 colher (chá) de sementes de girassol
5 folhas de alface
5 folhas de rúcula
1 cenoura crua ralada
1 beterraba crua ralada
Tomate seco (a gosto)
Mussarela de búfala (a gosto)

Molho italiano:

1/2 cebola picada
1 colher (sopa) de vinagre de vinho tinto
1 colher (chá) de açúcar
1 colher (chá) de orégano
1 dente de alho amassado
1 pitada de sal
1 pitada de pimenta do reino em pó

Modo de preparo da salada:

Em um prato grande coloque os ingredientes, exceto as sementes. Misture tudo cuidadosamente com o molho e tempere. Leve a geladeira e coloque as sementes de girassóis na hora de servir.

Modo de preparo do molho:

Coloque tudo no liquidificador e bata até ficar cremoso. Despeje numa molheira, cubra e leve á geladeira.


Sushi e sashimi com flores

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Sushi e sashimi com flores

Com a chegada da primavera, restaurante japonês inclui a colorida capuchinha como ingrediente de prato criado especialmente para a estação



Setembro é o mês em que as flores começam a tomar conta não apenas da paisagem, mas também de alguns cardápios. Para comemorar o início da nova estação, há restaurantes que desenvolvem pratos especiais com 'uma pitada de pétalas'. É o caso do Tsuyoi Sushi Bar, uma casa de comida japonesa na capital paulista que, nesta semana, passa a servir o Combinado Primavera, iguaria feita de sushi e sashimi, que tem a capuchinha como ingrediente.

O sushiman Fabrício Kataoka, criador do prato, explica que escolheu a flor porque seu sabor casa muito bem com o de peixes como o robalo e o salmão. Além do gosto agradável, a capuchinha é ainda rica em vitamina C, fortalece o corpo e aumenta a resistência do organismo.

'Para acompanhar o prato, seria interessante uma bebida refrescante, como um saquê ou uma caipirinha de saquê com abacaxi e hortelã', sugere Kataoka.

Confira a receita do Combinado Primavera e bom apetite!

Combinado primavera
(rendimento: 1 porção)

Sashimi com flores

Ingredientes:
45g de robalo cortado bem fino
8 pétalas de capuchinha

Como fazer:
Intercale uma fatia de robalo com uma pétala de capuchinha. Em seguida enrole os ingredientes (como se enrola uma folha de papel) até formar uma flor.

Dyo de salmão com flores (sushi)

Ingredientes:
5g de salmão batido com cebolinha (mistura chamada de dyo)
10g de arroz de sushi
10g de salmão cortado bem fino
4 pétalas de capuchinha

Como fazer:
Faça um bolinho com o arroz e envolva-o com as fatias de salmão e as pétalas. Coloque por cima o salmão batido com a cebolinha.

Molho

Ingredientes:
15ml de shoyu
10ml de limão
5g de glutamato monossódico
3 folhas de hortelã
cebolinha a gosto

Como fazer:
Misture todos os ingredientes e utilize para mergulhar o sushi e o sashimi.


Cultivo de flores muda realidade de moradores no Ceará

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Escola de floricultura gera oportunidades para moradores de São Benedito.
Mulher tem casa reformada e emprego garantido por empresa de flores.



Café com Rosas. O nome até poético deste café contrasta com o lugar em que ele fica: um posto de gasolina. Foi o aumento no movimento do posto, porém, que fez o dono investir em um café bem arrumado, um dos poucos pontos de venda das rosas produzidas na cidade.

“Eu acredito que as pessoas que trabalham hoje nas empresas de rosas passaram a consumir em todas as empresas. Não só na minha, especificamente, mas em toda a cidade”, afirma George Antônio Pimenta Brito, dono do posto e do café.

A cidade, aos poucos, está mudando. Acompanhamos uma aula da escola de floricultura de São Benedito, que foi construída em um terreno doado por uma empresa produtora de rosas e é mantida pelo governo do estado do Ceará. Aberta há cinco anos, ainda tem poucos alunos, mas já aponta um caminho para alguns jovens da cidade.

O curso dura quatro meses. Depois, os alunos passam por um estágio prático, como conta a engenheira agrônoma e professora Patrícia Moreira. “Dependendo do desempenho deles na empresa, eles fazem uma entrevista e são absorvidos por essa empresa”, explica.

São Benedito - Ceará (Foto: Arte/G1)

Hélio Marques estava desempregado quando começou o curso. Confessa que, no início, foi às aulas empurrado por um amigo, mas acabou gostando e hoje trabalha na produção de rosas. Hélio é um dos 250 funcionários de outra fábrica de rosas, a Reijers.

São 33 mil metros quadrados de rosas em uma única estufa. A Reijers foi a segunda empresa a se instalar na região e hoje é a primeira em produção, com capacidade para colher 110 mil rosas por dia. São, ao todo, 24 estufas, somando 24 hectares plantados. O resultado da colheita pode seguir sobre rodas ou pendurado, e a classificação das rosas parece linha de montagem.

O cultivo é em vasos, em um sistema semi-hidropônico, sem solo, apenas com fibra de coco. O excesso de fertilizante cai em um plástico, vai para uma tubulação e volta para os vasos, evitando o desperdício. De olho em uma certificação internacional, a empresa investe em tratamentos alternativos para pragas e doenças. Em uma garrafa, há repelentes de insetos. Quando há lagartas comendo as folhas das roseiras, são colocados adesivos cheios de ovos de vespa, predadora natural da lagarta. E ao lado, tem feijão-de-porco, que funciona como criatório de um ácaro predador do ácaro rajado.

O ácaro rajado deixa as folhas da roseira amareladas, e derruba a produção em 30 a 40%. São os dois tipos de ácaros. A tela vermelha reduz a luminosidade e a temperatura nas estufas em quatro a cinco graus. A umidade fica mais alta e evita as principais pragas que gostam de clima seco.

O cultivo de rosas é mesmo cheio de detalhes, mas, quando chegou aqui, Roberto Reijers, dono da empresa, tinha experiência. De família holandesa, já cultivava rosas em São Paulo e Minas Gerais, e logo viu potencial na região. “Lá no sul, em São Paulo, Minas Gerais, temos um período de inverno, de geadas, que afetava nossa produção em uma época que precisava de flores, porque tinha datas festivas como Dia das Mães e dos Namorados, e a gente não tinha flores por causa da geada. Como aqui não tem nada desses problemas, vi uma oportunidade pra poder produzir o ano todo”, diz Reijers.

“Iniciamos um projeto agora de uma ampliação, de colocar mais 12 hectares, em virtude da demanda. Por isso, já vamos fazer uns passos mais largos agora”, conclui o dono da empresa.

Passos largos e voos mais altos. No aeroporto de Fortaleza, a esteira leva as caixas de rosas vindas de São Benedito para dentro do avião. Elas vão para estados do Norte e Nordeste do Brasil. O mercado interno é o maior consumidor, mas a empresa também exporta parte da produção.

“Exportamos durante seis meses no ano para Amsterdam. A gente tem uma concorrência muito grande com o mercado da África, Quênia e África do Sul, onde os preços são bem melhores que os nossos”, diz Luciano Passos, coordenador geral do grupo Reijers em Fortaleza.

As rosas vão enfeitar casas europeias e brasileiras, mas deixam no Ceará uma riqueza que tem modificado muitas vidas, como as daqueles que vivem das rosas. Maria, que, mesmo ao final do dia chuvoso de trabalho, vai de bicicleta pra casa, onde mora com os quatro filhos: Felipe, de 16 anos, Carla, de 12, Ivone, de 13, e Edson, de nove anos. Há algum tempo, o marido abandonou a família e Maria passou a trabalhar como doméstica pra manter a casa.

Quando a mãe pensou em deixar os filhos em busca de emprego fora da cidade, Felipe teve uma ideia. Foi falar com Roberto, o dono da empresa de rosas onde a tia dele já trabalhava. Maria não conseguiu só o emprego. Sabendo dos problemas de saúde da filha mais nova que tinha crises de asma, Bárbara Oliveira, técnica em segurança do trabalho da empresa de rosas, foi visitar a casa da família, e solicitou a reconstrução da casa de Maria, tomada por cupins.

Foi construída uma casa nova, mobiliada, entregue com festa. Tudo pago pela empresa de rosas. Flor não é mesmo alimento, mas, na serra da Ibiapaba, garante a comida na mesa de muitos cearenses.

Noticias de nosso amigo Augusto Aki, publicada em seu site janeiro 2012